Diferentes a cada quilômetro rodado!
Em alguns de nós há essa centelha comum, que nos propõe o praticamente impossível como se estivesse a nossos pés.
É inexplicável esse sentimento que ora nos empurra, ora nos puxa - mas sempre nos move.
Seguimos com a certeza de que uma hora chegaremos e de que em outra hora regressaremos ao que nos é confortável e familiar.
Há outras certezas que carregamos, de que os segundos não voltam e de que, tampouco volta o que éramos no exato segundo anterior.
E voando sobre as motos, estas certezas são as mesmas. Mudamos a cada quilômetro que vencemos, a cada paisagem que nos envolve, a cada pessoa que nos saúda.
Carregamos a certeza de que todo amanhecer é diferente e belo, pois é o único que se tem já que todos os outros não são mais nossos - no máximo, nos integram.
Almas inquietas!
Eternos viajantes e sempre de passagem, assim nos definimos!
Almas inquietas que buscam apenas vencer os próprios desafios sem travar uma luta contra os desafios alheios.
Afinal, porque a competição se há espaço para todos nas estradas desta vida?
Sigamos lado a lado, pois ao final a luta é sempre com a gente mesmo, com os nossos anseios, com as nossas expectativas, com os nossos medos, com o nosso vigor.
Aos amantes do mundo, da cultura, das gentes, do sublime, do absurdamente belo, dos adjetivos e dos nomes, da fantasia e do realismo, eis um espaço raro de se sentir em casa.
Almas inquietas, aprocheguem-se para uma boa prosa em volta de nossa fogueira.
Há taças de bom vinho para todos e sorrisos sinceros!