15 de set. de 2009

Parte 4 - Regiões do Caparaó, Polo Cachoeiro e Sudoeste Serrana

Na manhã do quarto dia tiramos algumas fotos em Venda Nova do Imigrante e partimos com tempo nublado e frio para Laranja da Terra.

No trajeto de Afonso Cláudio a Laranja da Terra algumas surpresas: primeiro trechos com chuva, depois ficamos boquiabertos com a situação da estrada, vários trechos sem asfalto, terra mesmo, e duas pontes improvisadas de madeira, que servem para todo tráfego do município, incluído caminhões pesados, ônibus e demais veículos, um cúmulo de absurdo e perigo. Que medo! Que insegurança! Que vergonha para o poder público da município!



No trajeto de volta para Afonso Cláudio, devido à forte chuva, paramos no Museu de Guerra, muito interessante a representação com bonecos em tamanho natural de momentos de guerra, equipamentos e utensílio utilizados em combate, um acervo realmente fascinante. Ao chegarmos ao museu não havia ninguém lá, como o portão estava aberto entramos, logo vimos os bonecos, ficamos imaginando o filme Casa de Cera e sempre prontos para correr, se fosse o caso, mas não precisou, logo apareceu um funcionário que nos apresentou todo o museu.

Em Afonso Cláudio, sem chuva, almoçamos e seguimos na BR 262 para Marechal Floriano. Foto na estação ferroviária e visita ao único orquidário em mata nativa do Brasil, muito lindo.

Nosso descanso do dia foi em Campinho, Domingos Martins. Claro que tomamos aquele vinho delicioso num frio de 18 graus. Queremos lembrar a todos se pedirem algum prato com alface favor olhar com cuidado, pois poderá haver alimento vivo no prato, aconteceu conosco. Findo nosso quarto dia de viagem e contabilizados mais 344 km rodados.

Quinto dia começou debaixo de muita chuva na saída de Campinho, mas melhorou à medida que descíamos a serra. Parada certa no Vista Linda para fotos e depois somente em Viana, nossa última cidade deste roteiro. Chegada em casa, João Neiva, precisamente às 13:20h com 1.400km rodados em cinco dias de viagem, visitadas 25 sedes de municípios de nosso estado do Espírito Santo.

Valeu a aventura, mas nada como chegar a casa, tomar um bom banho e relaxar, afinal... Estou em férias!















Parte 3 - Regiões do Caparaó, Polo Cachoeiro e Sudoeste Serrana

Começamos a rodar na estrada por volta de 09:15 h da manhã de nosso terceiro dia de viagem.
Voltamos, passando por Mimoso do Sul e chegamos novamente a BR 101, entrando em Presidente Kennedy e sofremos com o estado da estrada ES 162, mais parecia uma colcha de retalhos de tantos remendos no asfalto, haja amortecedor e bumbum. Ponto positivo para a cidade, foi a primeira e única em nossa viagem que, ao parar a moto, nos perguntaram se precisávamos de informação.

Seguimos então para Atilio Vivacqua. Na cidade parada estratégica para hidratação à sombra da praça central.

Seguimos para Jerônimo Monteiro, passando por Cachoeiro de Itapemirim, e, por incrível que pareça, não nos perdemos, lá almoçamos um comercial caprichado.

Em seguida nos dirigimos para Alegre, onde estranhamos na chegada a rua principal com muito tráfego de veículos parcialmente interrompida por um monte de areia de uma obra num dos prédios, deu até engarrafamento. Fotos na igreja matriz, e descanso na sombra de uma árvore no parque de exposições.

Em Muniz Freire existe um anel viário que dá voltas em torno da praça central. Lá paramos no quiosque bonitinho da praça para hidratar, e, incrível, não tinha água mineral. Tivemos alguma dificuldade para tirar foto da frente da igreja pois a mesma fica no meio da rua. Preparado para a foto... olha o carro... outra vez... cuidado o caminhão... corre da moto... Nesta cidade nos perdemos e fomos parar numa estrada de chão, mas desta vez, não foi nossa culpa, apenas seguimos uma placa que indicava para seguir em frente, quando na realidade queria dizer “siga um pouco a frente, vire um pouco para a esquerda e depois tudo para a direita”.

Nossa penúltima cidade do dia foi Conceição do Castelo, com um lindo pórtico em formato de castelo; porque será? alguma relação? A cidade é um mimo, limpa, arborizada e bem cuidada. Como já estava anoitecendo, partimos para Venda Nova do Imigrante para o repouso noturno.

Rodamos neste dia 344 km. Como estávamos em Venda Nova do Imigrante não poderíamos deixar de tomar um bom vinho acompanhado por uma boa massa.


















Parte 2 - Regiões do Caparaó, Polo Cachoeiro e Sudoeste Serrana

Nosso segundo dia de viagem começou por volta de 09:00h em direção a Dores do Rio Preto, divisa com Minas Gerais.

Ao chegarmos erramos a entrada, atravessamos uma ponte e pudemos colocar uma roda da moto no estado de Minas Gerais, uai! A cidade é muito pequena, com casarios antigos, tipo Pharmácia, etc. Outra vez fomos expulsos, não sabemos se o nativo estava totalmente bêbado ou se era natural assim mesmo, não ficamos para saber, partimos para São José do Calçado.

Rodamos cerca de 64 km, quando enfim chagamos a uma cidade no alto de um morro, no topo de um lado a igreja católica e do outro a escola, divididos por um belo jardim. Ali paramos para esticar as canelas, hidratar nossos corpinhos e tirar água dos joelhos.

Próxima cidade Bom Jesus do Norte e outro descuido, atravessamos uma ponte, mais uma vez uma ponte, e nos deparamos com outra roda da moto no estado do Rio de Janeiro. Retornamos para o Espírito Santo e seguimos para Apiacá, uma cidade pitoresca onde o sino da igreja matriz, ao meio dia, toca uma melodia após os badalos.



Perdidos no interior, cadê Mimoso do Sul? Cadê? Quase paramos no acostamento e perguntamos a mimosa onde está Mimoso... do Sul... Não encontramos a estrada para Mimoso do Sul e fomos até a BR 101, quando descobrimos que a estrada para Mimoso do Sul via Apiacá era de terra, ainda bem que não a pegamos. Aproveitamos o desvio para parar e almoçar pão com lingüiça e após o descanso para cesta rumamos, finalmente, para Mimoso do Sul.

A cidade é também abençoada por Cristo Redentor no alto do morro. Cidade interessante, onde sua praça central é cercada por trilhos de trem e é quase toda tomada por estacionamento exclusivo para motos, ali os automóveis não têm vez. Como somos espertos compramos um mapa rodoviários para não nos perdermos outra vez.

Seguimos para Muqui onde dormimos. Chegamos a Muqui por volta de 15:00 h, rodamos um pouco e perguntamos onde havia hotel ou pousada, nos apontaram com dois dedos, um hotel e uma pousada, escolhemos a perto da estação ferroviária que hoje serve de rodoviária, tudo meio de transporte mesmo. Estava tão quente que o banho nem refrescou, por isso esperamos o sol se por para passear pela cidade e apreciar belos casarões bem conservados e restaurados, uma linda praça. O que nos chamou a atenção nesta cidade foi a quase inexistência de quebra-molas e os poucos eram de tamanhos muito pequenos, parabéns! E este foi nosso segundo dia de viagem com 220 km rodados.












14 de set. de 2009

Parte 1 - Regiões do Caparaó, Polo Cachoeiro e Sudoeste Serrana

Estou de férias no trabalho e aproveitamos para adiantar nosso projeto. Entre os dias 08 e 12 de setembro programamos visitar mais 25 sedes de municípios capixabas.

Diário de bordo "Projeto pelas estradas do Espírito Santo de moto", dia 07 de setembro de 2009, a preparação da moto incluiu a colocação de um banco mais largo visando maior conforto para o piloto, mas principalmente para a garupa/navegadora (aprovadissimo, por sinal). Também verificação dos ítens de segurança, que não podem faltar: calibragem dos pneus, conferência da
iluminação, nível de óleo, ...

Às 8:30h do dia 08 de setembro partimos de Vila Velha com destino ao primeiro município de nosso roteiro, Brejetuba. Viagem tranquila com um sol lindo nos acompanhando. Rodamos 157km e chegamos, e, ao entrarmos na cidade, dois indivíduos suspeitos e mal encarados, sobre uma moto mais suspeita ainda, em plena terça-feira útil, fomos parados pela polícia local para averiguação (diga-se de passagem que nunca fomos perados pela polícia desde que andamos de moto), após anotarem todos dados pessoais e da moto, e descobrirem nossas intenções na cidade, fomos liberados. Ufa! Que alívio!

Após breve parada para algumas fotos, não nos demoramos, pois, vai que a polícia mude de idéia... brincadeirinha. Partimos para Ibatiba, há cerca de 37km. Chegando pudemos ver uma cidade movimentada por muitos pedestres e carros, sem identificação visual, ruas apertadas e ali almoçamos numa lanchonete. Detalhe... fomos praticamente expulsos da cidade... Explico: após o almoço, quando fazíamos a cesta, aproximou-se de nós um indivíduo totalmente bêbado, contando detalhes de sua vida... músico parceiro... perdeu pai e mãe... sua sobrinha morreu em seus braços... como não desgrudava ou buscava outra vítima, não nos restou mais nada, a não ser sair correndo, digo, pilotando, da cidade. Realmente toda cidade tem que ter uma figura pitoresca, que o diga o "Gambiarra" de João Neiva. PS.: Por motivos de direitos autorais, não temos fotos do indivíduo repelente.

Seguimos, então. E, após quase passarmos a entrada, chegamos a pequena Irupi. Logo nos chamou a atenção o tamanho dos quebra-molas, creio que alusivos ao Caparaó. Parada para esticarmos as pernas e seguimos adiante.

Próxima parada: Iúna. Parecia haver dois sóis naquela cidade, muito quente. Passamos por uma rua no alto da cidade e voltamos por outra na baixada. Foto tradicional em frente à igreja católica
e parada para um sorvete, que chegou já meio derretendo.

Partimos para Ibitirama, onde fomos mais uma vez parados, agora pelas meninas da guarda mirim do município fazendo um pedágio para angariar fundos para sua sede. Contribuimos, pedimos informação sobre o Pico da Bandeira e seguimos viagem até Divino São Lourenço.

Esta é uma pequena cidade daquelas que se você passar segunda marcha chega à estrada de chão já fora da cidade. Nosso plano era dormir nessa cidade, mas como estava ainda muito cedo e vimos não ter muitas opções, decidimos seguir até Guaçuí para ali dormirmos.

Em nossa chegada a Guaçuí fomos recebidos com fogos de artifícios. Olha só a importância das pessoas!! Não conseguimos descobrir o motivo então nos adonamos da comemoração.
Rodamos um pouco para nos situar na cidade e pudemos observar a prisão de um meliante que resistia veemente. Procuramos, então, um hotel ou pousada para descansar os esqueletos. Encontramos uma pousada muito charmosa - Pousada Vovô Zinho -, onde pudemos tomar um banho relaxante e revigorante. À noite saimos para alimentar nossos corpos com uma deliciosa pizza.
A cidade é abençoada pelo Cristo Redentor no alto de um morro. Um ponto pitoresco da cidade é a ponte de ferro que só passa um veículo de cada vez, e para tirarmos uma foto, eu passava de moto de um lado para outro e a fotógrafa não conseguia tirar uma boa foto, passava de volta e nada, até que parei a moto na saída da ponte e tiramos uma foto mais ou menos. Assim foi nosso primeiro dia de viagem, quando rodamos 356km.